sábado, 15 de novembro de 2014

Solidão de mármore


Ando ao desalento,
Ando há tempos, dando tempo pro tempo...
Ando por andar, sem ter rumo ou onde chegar,
Nem feliz e nem triste, apenas andando!

Não sou do tipo de pessoa que goste de conversar,
Não tenho inimigos, tão poucos amigos e alguns colegas,
Também não tenho muitos sentimentos e os que tenho são falsos
ou tão real quanto ao longo discurso de um mudo,

Prefiro ficar só, no escuro canto de meu quarto,
Com meu fone de ouvido a cantar... E nesse momento me prendo
E nessa minha prisão invisível, onde eu sou o presidiário e o carcereiro
Fico ao relento, ao apodrecer pelo tempo...

E nesses momentos não há ninguém a quem me apegue,
E se há alguém a quem começo a me apegar,
Como um prego me desprego,
E como um prego despregado em um canto jogado torno a ficar...

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Lembranças de nós


Me desculpe por tudo,
hoje venho aqui lhe dizer que sinto muito,
ás coisas não saíram como o planejado,
Sim, eu falhei,

Não me pergunte o que sinto por ti,
Não, eu não te amo,
Também não estou apaixonado por ti,
Mas apesar de tudo, sim valeu a pena,

Não me pergunte o que sinto,
Sinceramente eu não sei,
Só sinto que algo muito forte eu sinto por ti,

Não sei exatamente o que é,
Nem mesmo quero descobrir,
Só sei que me faz bem, e isso é tudo que preciso saber,

Só sei que hoje eu consigo lembrar da gente,
Consigo pensar nos bons e maus momentos e sorrir,
Esse sentimento me tirou do Inferno e me levou ao Céu,
Deu-me asas e fez-me voar mais alto e livre como os mais belos pássaros que voam para o sul.

Mas mesmo assim, não, eu não te amo,
Não dou rótulos aos meus sentimentos,
Assim também não os limito,
A única coisa que dou a eles são asas...

Hoje a sua não presença me fez chorar,
Queria voar meio mundo para te encontrar,
Queria dizer que os nossos sorrisos juntos hoje voam livres por ai...

Eu ainda sonho com a nossa volta,
E mesmo com o passar desses anos eu não te esqueci...
Mas apesar de tudo que aqui te disse, não, eu não te amo.

domingo, 17 de agosto de 2014

Minha infância














Nasci,
Corri,
Cresci,
Fugi;

Menti,
Chorei,
Sorri,
Dormi;

Cantei,
Brinquei,
Me joguei...

Rolei,
Imaginei,
E pensei...

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Um pouco de talvez


Que noite linda,
Ainda há beleza  por aqui,
Mesmo tão triste,
Esta lua me convida a sorrir,

Ainda consigo sorrir?
Então não é o fim,
Estou longe de tudo, tão perto do nada,
estou em lugar algum,

Mas acho que estou em algum lugar,
Mas apesar de tudo, estou sorrindo,
Pois hoje tenho esse belo luar,

Quero chorar, quero fugir,
Quero me calar,
Mas essa lua de neve quer me fazer sorrir.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Vida



A vida é tão frágil, uma coisa tão linda, a vida é como um carrossel vista pelos olhos de uma criança, que mesmo dando voltas, entre altos e baixos, nos tira sorrisos sem parar, carrossel do qual não queremos sair, ou queremos ficar o máximo que pudermos.

Oh, vida estranha, tão vivida e sem vida, vida que tira vidas de quem mal começou a viver, vida que chora, vida  que sangra e que mata, ás vezes me pergunto, o porquê de tudo isso? Tantas matanças sem razões, essa vida não mais vivida e cheia de morte, vida confusa,  vida tão violenta, vida que nos mata e nos deixa vivos ao mesmo tempo... Mas não nos deixa viver.

Vida tão corrida, que mesmo andando não saímos do mesmo lugar, a vida é como uma caminhada longa rumo ao lugar nenhuma, da onde saímos de um talvez, mas nunca sabemos se vamos chegar ou aonde vamos parar, mas o importante é andar, o não ficar sentado esperando a mudança, o não ficar olhando os anos passar sem tentar sair do lugar já me alegra.

Vida que pula, que roda e que dança, vida que canta, que dorme e que me desperta, vida que me convida a viver. Ohh vida boa, minha vida tão louca quanto a tantas outras vidas, vida minha que se diverte mesmo triste, vida parada, vida pacata, vida chata,vida calada, vida ruim, vida enfim.

domingo, 13 de julho de 2014

Arraiá


Está chegando a melhor época do ano,
Está chegando a minha tão esperada festa junina,
Pessoas rindo e brincando, não importa a idade,
Em todo lugar essa festa é repleta de felicidade,

É um prosear,
Um rir e brincar,
Sorrir e dançar,
Cantar!!!

Pessoas humildes cantando suas músicas simples,
De "cai cai balão" a "Ciranda Cirandinha",
Em todo quintal no sertão se acende um fogueirinha...

Ohh!!! Essa festa não perco não...
Essa festa é pra lá de bom...
Como eu amo esse "São João".

domingo, 18 de maio de 2014

Um tempo do tempo no meu tempo!!!


Por favor não ligue,
esse meu desespero matinal vai passar,
De manhã choro, de tarde canto....
Mas de noite tudo passa e dessa vez não vou dançar...

Esse meu drama não cola mais,
Essa melancolia explicita em minhas falas,
Essa vontade de querer fazer algo que me faça existir,
Peço ajuda e grito "SOCORRO", mas não me ajudo,

Vivo minha vida como um morto,
Mas não quero morrer sem viver,
Preciso deixar minha marca, minha mente foge sem dizer se volta
E só essa garrafa de vodka pela metade me entende,

Faço o não fazer a todo instante,
Não sei se faço,
Não sei porque faço,
Só acho que preciso fazer algo que não sei...

Estou perdendo tempo,
é mais do que normal o meu atraso,
Mas bem que eu poderia ter me atrasado mais 18 anos...

Essa minha janela que sempre escuta o meu desabafar,
Há dias que dela vejo um lindo nascer do sol,
Mas hoje a janela da minha vida está fechada e não quer abrir...

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Amor Exacerbado


Toda vez que a vejo em meus dias,
Com aquele olhar radiante em felicidade, eu começo a sorrir,
E toda vez que dele me afasto, rapidamente quase morro de saudades,
É um olha fascinante que se completa com um sorriso estonteante,

Se te olhar fosse um crime, eu seria preso em flagrante,
E sorria, acharia a prisão um lugar bom,
Mas ficaria triste em não poder cometer esse crime novamente,
Mas o cometeria mesmo assim em minha mente,

Seu cabelo longo e enrolado são considerados seus charmes,
São bonitos sim, mas não lhe define,
A beleza que tens por dentro é bem maior que todas estás que eu já citaste,

De amor não vivido eu não morrerei, 
De amar de mais também não,
Talvez o que um dia me mate, é saber que você não me amas-te.

sábado, 15 de março de 2014

Há solidão de um sábado qualquer

                             
Há felicidade que se foi,
Há tristeza que chegou,
E que não mais que me deixar,
E que me faz refletir, chorar,

Essa caminhada,
Esse não chegar,
Esse cansaço,
Essa vontade de parar,

Essas lágrimas que querem rolar,
Esse rio nos olhos contidos querem fluir,
Essa liberdade que me prendeu,
Esse coração que a ti não esqueceu...

A chave da saída eu perdi,
E estou preso ao meus sentimentos,
Preso aos meus desalentos,
Preso ao passar dos anos, tempo!!!